segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Albergaria Vetera de Meigonfrio


Em parte da villa de S. Pedro de Osselola instituiu a rainha D. Theresa em 1117 um couto, e uma albergaria, que posteriormente se chamou Albergaria Vetera de Meigonfrio e serviu de núcleo à moderna vila de Albergaria a Velha.

Um doc. de 1271 referindo-se a uma herdade chamada das Forcadas sitúa esta «in termino Vauge in cauto de Arbergaria Vetera et in Oselloo» (Ms. n.o 636 da Bibliot. da Universidade de Coimbra, fl. 174 v.).

Quando o bispo de Coimbra, D. Egas, em 1258, fez transcrever a Carta em pública-forma, para garantia da sua conservação, declarou que assim procedia por utilidade de Albergaria-a-Velha de Meigon Frio. E era Velha, certamente para contrapor a outra Albergaria de mais recente fundação, e que devia ser a Nova.

Fonte: José Leite Vasconcellos (em "Revista Lusitana", 1914)


As características geográficas do território de Albergaria-a-Velha, proporcionaram desde tempos muito antigos importantes rotas de circulação, em sentido Norte-Sul como Nascente-Poente, com os respectivos pontos de apoio aos viajantes, circunstância que ficou consagrada, aliás, na história e na toponímia da região, nomeadamente através da Mansio Frigida registada na documentação medieval, por certo antecessora da albergaria vetera de Meigonfrio, instituída por D. Teresa no ano de 1117, na célebre Carta de Couto de Osseloa.

Mais tarde haveria de contrapor-se outra albergaria, a nova, fundada talvez pelos senhores das terras de Santa Maria poucos quilómetros a norte da primitiva, assim dando nome a outro aglomerado urbano que ainda hoje permanece com tal designação.

Fonte: António Pinho (adaptado) (em blog "Novos Arruamentos")

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